Jean Claude Mouton : A luz de Lisboa


A primeira vez que fui em Lisboa, visitei o Museu nacional de arte antiga, rua das Janelas verdes. Comecei pelas coleções de pintura europeia, porque nos dirigimos naturalmente ao que já conhecemos. Depois, passei à pintura portuguesa, tampouco conhecida fora de Portugal. Ainda era um terreno familiar, com os santos, os drapeados, as douraduras, a arquitetura medieval. Um pouco adiante, a visita tornou-se mais intrigante com o departamento da arte da expansão. Cinco séculos de navegação ao redor do mundo disseminaram Portugal por todos os lugares, com a violência da colonização, mas também com a curiosidade recíproca das civilizações que se encontravam. Nesta parte do museu, fiquei estupefacto frente aos biombos de arte Namban.


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A cidade era e continua voltada para o oceano que se encontra a uma dezena de quilómetros. A luz de Lisboa tão especial nos lembra que o ar marítimo está presente por toda parte. É esta presença tão profunda na história da cidade que eu segui nas minhas fotografias.
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